24 de out. de 2011

Manaus 342 anos! Parabéns a todos os Manauaras!!


 Há quem goste das lembranças do passado, há quem prefira as promessas do futuro. Há aqueles que não abrem mão da ancestralidade de sua cultura, enquanto outros valorizam muito mais a miscigenação e a globalização. Existem os que defendem a preservação da floresta, e ainda os que trabalham para o desenvolvimento. É possível juntar tudo isso em um mesmo lugar? Sim, e Manaus prova isso. Nesta segunda-feira (24), a capital do Amazonas comemora 342 anos e, apesar das inúmeras dificuldades, tem muito a comemorar.
Como era de se esperar para a sétima cidade mais populosa do Brasil, a pluralidade está presente em cada esquina de Manaus. Mais ainda se considerada a presença de migrantes de todos os locais do Brasil e do Mundo, que desembarcam aqui, principalmente, atraídos pelas oportunidades da Zona Franca. No entanto, nada fez a antiga Vila de Manaus perder seus traços indígenas. Na pele, no olhar, nos cabelos e na própria alma, o povo local guarda os costumes de uma longa história.
Colonizada a partir de 1669, a cidade teve origem no Forte de São José da Barra do Rio Negro, uma construção em pedra e barro com quatro canhões, planejada para defender a província contra ataque de países estrangeiros. Em 1833, o pequeno forte, que havia dado origem a um arraial, passou à categoria de Vila e recebeu o título de cidade no dia 24 de outubro de 1848, tornando-se a capital da Província do Amazonas.
Anos depois, a cidade de Manaus sofreu uma grande mudança, tanto econômica como arquitetônica: era a riqueza advinda da explosão do consumo da borracha no mercado mundial. O Amazonas era o principal produtor, o que atraiu para Manaus um grande número de imigrantes nacionais e internacionais, tais como americanos franceses, judeus, gregos, portugueses, italianos, árabes e ingleses. A herança dessa época está estampada em imponentes prédios no centro histórico da cidade.
No governo de Eduardo Ribeiro (1892) a capital do Amazonas, transformou-se radicalmente. Transporte por meio dos bondes elétricos, telefonia, eletricidade e água encanada estavam entre os serviços que chegavam à cidade conhecida como a Paris dos Trópicos. Logo a cidade se tornou referência para o mundo por abordar discussões sobre doenças tropicais, saneamento e saúde pública.
De acordo com o historiador Abrahim Baze, o “Ouro Negro” proporcionou um dos melhores momentos para a cidade de Manaus. “Graças ao dinheiro trazido pela exportação da borracha, prédios suntuosos foram levantados no centro da cidade, como o Teatro Amazonas e o Palácio da Justiça. Apesar do calor, homens e mulheres desfilavam pelas ruas da capital com roupas europeias, ostentando a riqueza conquistada na época”, contou. De acordo com o historiador, as mesmas roupas eram lavadas na Europa, de onde os alimentos e materiais para a construção civil também eram importados.
A partir de 1913, sementes da seringueira levadas para a Ásia fizeram com que a riqueza da borracha migrasse para o outro lado do mundo. O produto aguçou o interesse do mercado estrangeiro, ocasionando a queda da economia local. Foi o início de uma estagnação que durou cinco décadas.
O ostracismo econômico vivido por Manaus chegou ao fim somente em 1967. Nesse ano, iniciou-se um novo ciclo para a cidade: o Polo Industrial de Manaus (PIM). A criação da Zona Franca trouxe grande progresso para a região, embora acompanhado do crescimento das invasões, nascimento de bairros sem infraestrutura e comunidades com total ausência de poder público. A cidade cresceu desordenadamente, com aumento de número de favelas, falta de saneamento básico e subemprego.
Hoje, mais de 113 mil pessoas são empregadas no PIM e, além do crescente número de postos de trabalho – que nem mesmo as recentes crises mundiais conseguiram afetar com intensidade -,o modelo de beneficiamento foi prorrogado até 2023. E a estimativa do Governo é de conseguir estender esse prazo por mais 100 anos.
Tamanho crescimento trouxe novas perspectivas para a capital amazonense. Manaus será uma das cidades-sede da Copa do Mundo de 2014, que terá como palco a Arena da Amazônia. A cidade deverá ter seu sistema de transporte público remodelado com o monotrilho e com o Bus Rapid Transport (BRT) e investe milhões de reais na melhoria da rede hoteleira. Também entrou definitivamente para a agenda dos grandes eventos esportivos, com competições como o X Terra, o The Best MMA e o Grand Prix de Futsal.
E como falar de Manaus sem citar também seus inúmeros atrativos naturais? Porta de entrada para uma das regiões mais ricas em biodiversidade do planeta, a cidade tem a maior reserva urbana do Brasil, na área da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Viver ou conhecer a capital é ainda admirar as belezas do Encontro das Águas, fenômeno formado pela confluência das águas escuras do rio Negro com as águas barrentas do rio Solimões. Não à toa Manaus é um dos principais destinos do turismo na Amazônia.
As comemorações pelo aniversário também têm outras motivações. A chegada de empresas para produção de tablets no PIM devem gerar mais empregos. O Estado está entre os destinos dos maiores aportes do País para obras de infraestrutura, movimentada pela Copa do Mundo. E há ainda a inauguração da ponte Rio Negro, que corta o rio de mesmo nome, e que representa a abertura de uma nova época de interligação da capital com os municípios da Região Metropolitana.
Alegre como é, o povo manauara festejou, nos últimos três dias, os 342 anos da cidade, no Boi Manaus. Na madrugada desta segunda, nas primeiras horas do dia, um enorme coral cantou os ‘Parabéns para Você’ à cidade, comandado pelas vozes de 32 cantores de toadas. E lembra da herança indígena que falamos? Ela estava lá, orgulhosamente refletida nos cocás e braceletes de penas e sementes, enfeitando o corpo e o ânimo do povo que hoje tem muito a comemorar, seja lembrando do passado ou torcendo para um futuro ainda melhor.

Diego Oliveira e Isaac de Paula

Comer fibras e beber água ajudam a soltar o intestino, destacam médicos


É comum as pessoas terem intestino preso, principalmente as mulheres. Segundo enquete feita aqui no nosso site, 35% dos internautas vão ao banheiro a cada dois ou três dias.
Para conhecer melhor o seu intestino por dentro, o Bem Estar desta terça-feira (11) mostrou um órgão gigante. O proctologista Fábio Atui e a pediatra Ana Escobar deram cinco dicas infalíveis para ter regularidade na evacuação e prevenir doenças.
iNTESTINO  (Foto: Arte/G1)


O intestino gigante mostrado no programa é uma ampliação do intestino grosso (cólon), que fica na parte final do tubo intestinal, antes de o alimento ser excretado. Ele tem 15 metros e é um projeto da Associação Brasileira de Prevenção do Câncer de Intestino (Abrapreci). Viaja o Brasil divulgando as medidas preventivas de doenças intestinais. Foi uma ideia da coloproctologista e presidente da entidade Angelita Habr-Gama.

O intestino preso favorece o surgimento de problemas como a diverticulite. Divertículos são pequenos sacos que surgem na parede do intestino grosso. São formados por uma camada interna, chamada mucosa, e outra externa, a serosa – ambas muito finas e próximas aos vasos que nutrem o intestino.
Não há uma relação direta entre os divertículos e o câncer de intestino: apenas alguns sintomas são parecidos. O aparecimento da diverticulite está relacionado com a falta de fibras na alimentação.
A fibra, quando entra no intestino, não é quebrada nem digerida. Isso permite que ela grude nos radicais livres (responsáveis pelas toxinas e pelo envelhecimento do organismo) e os elimine.
Todos os alimentos que deixam resíduos de fibra soltam o intestino. As fibras absorvem líquido e também ajudam a formar o bolo fecal, que distende a parede do intestino e força a evacuação.
Uma alimentação muito gordurosa exige muito do tubo digestivo, porque a gordura é difícil de ser digerida. A bile é como se fosse um detergente de gordura e precisa de muito esforço para quebrar todas as moléculas de gordura quando são ingeridas em grande quantidade.
Outros alimentos prendem o intestino. Basicamente, isso acontece quando a pessoa bebe pouca água e come pouca fibra.
A presença dos alimentos no intestino faz com que as células do intestino caminhem nas vilosidades da parede intestinal, ajudando a absorção dos nutrientes. É por isso que é importante beber muito líquido, para facilitar o deslocamento das células do intestino e, consequentemente, a renovação delas.
Existem 3 tipos de bactérias no intestino:
- As que não fazem nada, só compõem a flora da região;
- As que são patogênicas, que costumam estar em menor quantidade e crescem, no caso de alguma doença, como uma diarreia infecciosa;
- E as benéficas, que cuidam da mobilidade do intestino
Respeite suas vontades
Segurar os gases a princípio não faz mal nenhum, o problema é segurar o intestino. Quando você tem vontade de ir ao banheiro, deve fazer isso logo, para tornar a digestão um processo muito mais natural.
Alguns alimentos podem causar mais gases, como o leite (que fermenta no estômago) e as leguminosas, sobretudo grãos que se dividem ao meio, como lentilha, grão-de-bico, feijão e amendoim.
Eduque seu intestino
Existe uma forma muito inteligente de educar o intestino. Para você conseguir ter regularidade no número de vezes que vai ao banheiro, pode tomar um copo de água logo quando acorda e se sentar no vaso.
A água vai distender as paredes do seu sistema digestivo e incentivar que o intestino solte, principalmente pelo ato de estimular o funcionamento dele sentando no vaso. Além disso, enquanto dormimos, o sistema digestivo funciona, processando os alimentos
Hemorroidas
Hemorroidas são veias dilatadas na região anal que manifestam sintomas da chamada "doença hemorroidária". É um problema frequente na população geral. Existem dois tipos: internas e externas, de acordo com a posição.
As hemorroidas externas se formam no canal anal e região externa, sendo recobertas por uma pele bem sensível. As internas, ao contrário, estão na parte de dentro do ânus e são recobertas pela mucosa intestinal.
Pólipos
Os pólipos são estruturas minúsculas em formas de cogumelo que podem aparecer na parede intestinal. A quantidade varia de um até inúmeros. Eles podem ser detectados e removidos por um exame de colonoscopia. Quando não forem retirados, podem crescer e se transformar em câncer.
O pólipo é uma espécie de semente do câncer, mas que é fácil de ser removido. Se você detectar sangue nas fezes, procure um médico. Ele vai orientá-lo a fazer o exame de sangue oculto nas fezes. Se der positivo, ou seja, você deve fazer a colonoscopia, que inclusive pode retirar os pólipos.
Câncer de reto
São tumores malignos que podem comprometer todo o intestino grosso e o reto. São a primeira causa de câncer do aparelho digestivo e a terceira em incidência, entre todos os tumores malignos no Brasil. O dado mais recente do Instituto Nacional de Câncer (Inca) era uma projetação, para 2008, de mais de 25 mil casos por ano.
Fonte: G1