29 de abr. de 2010

Seminário de Zoologia

1º PASSO: Coleta de dados

fig. 1 Alunos do 3º ano "2"
2º Passo: Apresentação dos Seminários
Filo Annelida



fig 2. Seminário de Biologia sobre o filo annelida



Contrariamente aos filos anteriormente discutidos, os anelídeos (annelus = pequeno anel), apresentam o corpo dividido em segmentos ou metâmeros, essencialmente semelhantes entre si e em forma de anel. Estes animais são bastante antigos na Terra, existindo fósseis deste o período Pré-Câmbrico, embora os primeiros vermes segmentados indubitáveis sejam do Câmbrico médio. Considera-se que terão evoluído a partir de um ancestral do tipo platelminte.

Caracterização do filo

O corpo segmentado é visível externamente na forma de anéis, com sulcos bem marcados separados um dos outros. Algumas estruturas, como os órgãos excretores e os gânglios do sistema nervoso, se repetem internamente em cada segmento, também chamado de metâmero.

Dizemos por isso que o corpo dos anelídeos é metamerizado. Internamente, os metâmeros são separados uns dos outros por paredes divisórias conhecidas como septos.





A compartimentalização do celoma aumenta a precisão dos movimentos pois pode-se aplicar pressão sobre diferentes zonas do líquido. Ondas de contração muscular, controladas pelo sistema nervoso, passam pelo corpo, alongando e contraindo alternadamente grupos de segmentos, forçando o corpo do animal a deslocar-se.

O deslocamento dos anelídeos é, ainda, ajudado pela presença de cerdas, na parte ventral dos animais (exceto em sanguessugas). Estas cerdas quitinosas impedem o animal de deslizar para trás, reforçando o movimento para diante das camadas musculares circulares e longitudinais.

Nas minhocas existem 4 fileiras de cerdas, enquanto nos poliquetas existem muitas mais, aplicadas em expansões da parede do corpo designadas parápodes, localizadas lateralmente em cada segmento e consideradas esboços de órgãos locomotoras.

A metamerização apresenta a vantagem adicional de permitir a especialização de segmentos ou grupos de segmentos para diferentes funções, embora este aspecto não tenha sido muito desenvolvido nos anelídeos (ao contrário dos artrópodes).

Os anelídeos terrestres apresentam uma epiderme com células sensoriais, coberta por uma cutícula fina e transparente, que os protegem da dessecação. Existem igualmente glândulas mucosas que ajudam a manter a superfície umedecida, fundamental para a respiração cutânea. Por este motivo a epiderme é muito vascularizada.

Os anelídeos apresentam sistema excretor segmentado, com pares de metanefrídeos em cada segmento. Os nefrídeos são túbulos finos e enovelados (em contato com os vasos sanguíneos, de onde retiram excreções), com um funil ciliado aberto numa extremidade – nefróstoma – que se abre no líquido celômico (de onde retiram igualmente excreções) de cada segmento. A outra extremidade – nefridióporo ou poro excretor – abre na superfície corporal.

O sistema nervoso tem na parte anterior um par de gânglios cerebrais ligados a um anel circunfaríngico e gânglios em cada segmento, que se ligam a um cordão nervoso duplo e maciço ventral. No seu conjunto, o sistema nervoso assemelha-se a uma escada de corda.



O sistema digestivo é completo e apresenta diferentes regiões especializadas, nomeadamente:

•faringe sugadora;

•papo;

•moela - esmaga o alimento, actuando como os dentes, realizando uma digestão mecânica;

•intestino - onde se realiza a digestão, extracelular e química. No intestino existe, caracteristicamente, uma prega dorsal, designada tiflosole, que permite um aumento da área de absorção de nutrientes.


A maioria dos anelídeos alimenta-se de partículas em decomposição, microrganismos e larvas.

O sistema circulatório é fechado e complexo, apresentando vasos longitudinais dorsal, onde o sangue circula em direcção á parte anterior, e ventral, onde o sangue circula para a região posterior, ligados por vasos transversais em cada segmento.

Na região anterior, alguns (quatro ou cinco, dependendo da espécie) desses vasos laterais estão rodeados por células musculares, funcionando como corações laterais ou arcos aórticos.
                                                                            



FILO ARTHROPODA



O filo Arthropoda (do grego, arthron = articulação + podos = pés) é o mais numerosos da Terra atual. Contém cerca de 1.000.000 de espécies conhecidas, o que é pelo menos quatro vezes o total de todos os outros grupos de animais reunidos. Além disso, possuem boa adaptação a diferentes ambientes; vantagens em competição com outras espécies; excepcional capacidade reprodutora; eficiência na execução de suas funções; resistência a substâncias tóxicas e perfeita organização social, caso das abelhas, formigas e cupins.
Características gerais
Os artrópodes possuem corpo segmentado (corpo metamerizado), apêndices articulado (patas, antenas e palpos etc.) e corpo coberto com exoesqueleto formado por uma substância resistente e impermeável, chamada quitina. A quitina é um polímero nitrogenado de polissacarídeos, impregnada de camadas de cera.

Em alguns, o exoesqueleto é reforçado pela deposição de carbonato de cálcio (calcário). O esqueleto cobre todo o corpo, menos nas articulações, formando, nos seguimentos corporais, verdadeiras placas.
 
Ao crescer, os artrópodes precisam abandonar o esqueleto velho, pequeno, e fabricar outro, maior. Esse fenômeno é chamado muda ou ecdise e ocorre diversas vezes até cessar o crescimento na fase adulta. As carapaças deixadas por ocasião das mudas são as exúvias (do latim exuviae, "vestidos largados").


Os artrópodes, no entanto, não possuem apenas patas articuladas, mas sim todas as suas e extremidades, como as antenas e as peças bucais. Os seus membros inferiores são formados por partes que se articulam, ou seja, que se movimentam umas em relação às outras: os seus pés se articulam com suas pernas, que se articulam também com suas coxas, que também se articulam com os ossos do quadril.
Classificação dos Artrópodes
Costuma-se classificar os artrópodes levando em conta as divisões do corpo, o número de patas e a existência ou não de antenas e de outros apêndices (pedipalpos e quelíceras, por exemplo). Levando-se em conta esses elementos e a abordagem evolutiva, os representantes do filo Arthropoda seriam agrupados em cinco subfilos, sendo um desses já extinto, e algumas classes principais.

Sub filo: Crustácea(Crustáceos)

Os crustáceos receberam este nome por causa da composição do seu exoesqueleto de carbonato de cálcio, que forma uma crosta. São artrópodes de hábitos aquáticos, sendo a maioria marinha. As espécies mais conhecidas são as lagostas, camarões, siris, caranguejos e tatuzinhos.


fig.04. Seminário de BIologia sobre Crustáceos


O corpo é dividido em cabeça, tórax e abdome, ou em cefalotórax e abdome. Possuem 5 pares de apêndices, 2 pares de antenas na região cefálica, que é característica distintiva destes animais. Possuem um tronco segmentado e um telson na região terminal, portador de um ânus. Em muitos crustáceos o tórax está coberto por uma carapaça dorsal.



Insetos

fig. 03. alunos do 3º ano da Escola "Dom Gino Malvestio"
São artrópodes com seis patas distribuída em três pares ligadas ao tórax. Os insetos apresentam o corpo subdividido cabeça, tórax e abdome. Possuem um par de antenas, dois pares de asas, na maioria das vezes, mas há espécies com apenas um par e outras sem asas.
Os metâmeros são desiguais em tamanho e, durante o desenvolvimento embrionário, alguns deles podem se fundir. Essa fusão acontece na formação da cabeça, resultando em uma peça de pequeno tamanho. Nela a boca é ventral e rodeada por pares de peças bucais de função mastigadora e outros apêndices articulados, modificados para apreensão do alimento, os chamados palpos maxilares.





Subfilo Chelicerata (quelicerados) → escorpiões, aranhas, ácaros e carrapatos;

Os quelicerados são classificados em algumas classes, sendo a Arachnida uma delas. Nesta, escorpiões, aranhas, opiliões, ácaros e carrapatos são seus representantes. Quase em sua totalidade, os indivíduos desta classe são terrestres.
Carrapatos e opiliões possuem o cefalotórax e abdome fundidos. Nas aranhas, há fiandeiras nesta região que são responsáveis pela confecção de suas teias. Escorpiões têm pré-abdome e pós-abdome (ou cauda): é na extremidade deste último onde se localiza o aguilhão, região onde o veneno é armazena
O segundo par de pernas dos opiliões funciona como antenas, usadas para reconhecer o ambiente. A maioria destes é onívora, manipulando os alimentos com o auxílio de quelíceras e pedipalpos. Estas últimas estruturas são apêndices sensoriais que, nos escorpiões, são utilizadas como preensoras e, em alguns machos desta classe, pode atuar como órgãos de cópula.
Escorpiões, opiliões e aranhas têm digestão extracorpórea, secretando enzimas digestivas no alimento para depois sugá-lo. Carrapatos são, geralmente, hematófagos. Ácaros podem ser herbívoros ou detritívoros, se alimentam de escamas de pele.
Esses animais segmentados têm respiração traqueal, sendo que algumas aranhas maiores possuem esta estrutura modificada (filotraquéia). A excreção é feita via túbulos de Malpighi, sendo eliminada pelas glândulas coxais.
A reprodução da maioria destes animais é sexuada, com fecundação interna. Aranhas, escorpiões e opiliões têm desenvolvimento direto. Ácaros, indireto.




Filo Mollusca

Os moluscos são o segundo maior grupo de animais em número de espécies (cerca de 100.000 espécies), sendo suplantado apenas pelos artrópodes. Apresentam uma disparidade morfológica sem comparação dentre os demais filos de animais, reunindo os familiares caracóis (reptantes), ostras e mariscos (sésseis) e lulas e polvos (livre-natantes), assim como formas pouco conhecidas, como os quítons, conchas dente-de-elefante (Scaphopoda) e espécies vermiformes (Caudofoveata e Solenogastres).

Os moluscos invadiram quase todos os ambientes; costuma-se dizer que só não há moluscos voando. Ocorrem das fossas abissais até as mais altas montanhas; das geleiras da Antártica até desertos tórridos. Vários grupos de bivalves e gastrópodes saíram do mar e invadiram a água doce e, no caso dos gastrópodes, o ambiente terrestre. Existem moluscos predadores (até mesmo de vertebrados), herbívoros, ecto e endoparasitas, filtradores, comensais, sésseis, vágeis, pelágicos, neustônicos etc. Em certos ambientes representam grande biomassa e podem ser importantes na reciclagem de nutrientes.
Provas do contato do homem com os moluscos remontam a épocas pré-históricas. Conchas de moluscos fazem parte de jazigos arqueológicos, incluindo, aqui no Brasil, os "sambaquis".


REFERÊNCIAS:


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